O panorama econômico dos Estados Unidos tem sido o centro das atenções de investidores globais, com uma especial consideração à possível elevação das taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed). A antecipação cresce ainda mais com a proximidade da revelação dos dados de payroll de setembro, um indicador crucial para avaliar o vigor econômico do país.
Os dados de payroll são considerados um barômetro essencial para as decisões de política monetária do Fed. Uma apresentação robusta nesse indicador pode sinalizar a necessidade de uma postura monetária mais restritiva, que pode incluir elevações nas taxas de juros. O alvoroço no mercado intensificou-se com a divulgação de que 336 mil novas vagas de emprego foram criadas em setembro, uma cifra que superou as expectativas dos analistas, conforme divulgado pela Bloomberg Linea.
A resposta dos mercados ao redor do mundo evidencia a complexa teia econômica global. Ativos como ações, o dólar e outras commodities respondem às alterações na política monetária americana. Por exemplo, em 6 de outubro de 2023, o Ibovespa e o dólar tiveram movimentações que refletem as expectativas geradas em torno do payroll e das conjecturas sobre as taxas de juros nos EUA, como reportado pelo Seu Dinheiro e Money Times.
- S&P futuro: -0,90%
- Dow Jones futuro: -0,65%
- Nasdaq: -1,15%
- Ibovespa -1,30%
Agora, os olhos dos investidores estão voltados para os próximos passos do Fed. Qualquer sinal de mudança na política monetária pode reverberar não só nos mercados americanos, mas em escala global. A espera é tamanha que analistas e investidores estão atentos a cada pronunciamento do Fed e outras variáveis econômicas que podem influenciar na determinação das taxas de juros.
Pontos Cruciais a Monitorar
Dados Econômicos Futuros: Os próximos releases de dados econômicos, incluindo relatórios de emprego e inflação, podem fornecer insights sobre a trajetória da política monetária dos EUA.
Comunicados do Fed: Anúncios e declarações do Federal Reserve serão essenciais para entender as possíveis mudanças nas taxas de juros.
Reação dos Mercados Globais: A resposta dos mercados de ações, câmbio e commodities a qualquer mudança na política monetária dos EUA merece atenção, pois pode indicar tendências futuras.
Desenvolvimentos Internacionais: Eventos econômicos globais também podem influenciar as decisões do Fed e, consequentemente, as taxas de juros.
Preparação dos Investidores: A necessidade de os investidores estarem bem informados e prontos para adaptar suas estratégias de acordo com as dinâmicas de mercado em evolução.
Reação ao payroll
Capital Economics: Atividade está resiliente, apesar das taxas de juros elevadas, mas crescimento dos salários está desacelerando e sugere possível pouso suave
Força do mercado de trabalho também se refletiu na revisão dos dois últimos meses, adicionando 119 mil novos empregos cumulativos
Escalada nos rendimentos de títulos soberanos “desencadeia um aperto significativo nas condições financeiras”
Se a criação de empregos continuar robusta nos próximos meses, o Fed poderá elevar novamente os juros!
Comentário da Bullside:
O report de emprego nos Estados Unidos mostra 336,000 empregos adicionados em setembro na economia americana, contra os 170,000 esperados pelos analistas. Isso vai na contramão do que era esperado, que era uma desaceleração do emprego e possivelmente uma desaceleração da pressão inflacionária, que era o que o mercado estava esperando. O mercado, antes desse número, vinha positivo, aproximadamente meio por cento e já caiu.
Vemos a bolsa caindo 1%. O Dow Jones caiu 230 pontos, quase 1%. Também o Título de 10 anos, que é o que os analistas vêm monitorando de forma muito próxima, até porque é usado nos modelos de precificação de ações.
Batendo em 4.873, muito próximo do nível de 5, que é extremamente perigoso. Muito próximo da máxima dos últimos 16 anos. Então o número indica que o Fed deve manter a taxa de juros alta por mais tempo, com grandes chances de um aumento de 0,25 pontos. Por conta disso, a gente vê uma pressão muito forte nas ações de tecnologia, Amazon, Nvidia, Facebook, todas caindo mais do que 1% após o número e o índice de volatilidade nos Estados Unidos batendo as máximas próximo ao nível de 20.
